É visível hoje em dia, a dificuldade
encontrada pelos professores que viveram a infância e a adolescência na era
analógica, diante dos desafios colocados pelas gerações digitais a estes
profissionais.
Dificuldades estas resultante de uma
época em que as tecnologias existentes eram poucas e ainda estas pessoas eram
muitas vezes privada de “mexer” para não estragar, somente adultos eram
permitido manipular, devido ao custo alto que a tecnologia possuía na época e
também a escassez de técnicos habilitados para dar assistência, então se
questiona como iriam aprender se não era permitido mexer?
Diante desses professores os “imigrantes
digitais”, estão os alunos, crianças e jovens em geral que vivem num mundo digital,
os chamados segundo Schlemmer de “nativos digitais’, que pensam e vivem com
estas tecnologias, e que agora quem mexe para ver como funciona são eles, as
crianças e os jovens, pois é quanta
mudança, com isso pode-se explicar as dificuldades que os professores encontram
para relacionar-se com esses meios tecnológicos.
Perante a este fato, como estão fazendo
os professores para apropriar-se de todas essas opções tecnológicas de forma a
incorporá-las a suas práticas pedagógicas? Percebe-se ainda que as tecnologias
nas escolas são normalmente utilizadas para apresentar trabalhos, pesquisar na
internet, jogar, e muitas vezes como “passatempo”, ou se o aluno comportou-se
bem em aula poderá ir para o laboratório
como forma de premiá-lo pelo bom comportamento, com isso a tecnologia é
utilizada como um “complemento, um recurso, ferramenta”, será que esta proposta
estará contribuindo para a aprendizagem do aluno.
Devem-se rever esses conceitos para que
se possam utilizar as tecnologias de maneira a ajudar o aluno a “compreender
como aprendemos, a partir de reflexões sobre o próprio processo de aprender a
utilizar as tecnologias- metacognição.”p.37. Isso é desenvolvido através de
projetos de aprendizagem que segundo Schlemmer, “consiste em um processo
individual, interno, de estabelecimento de uma rede de relações atribuindo
significado à nova informação, transformando-a em conhecimento” p.37, ou seja,
é necessário que o professor saiba escolher a metodologia que lhe permitirá
tirar o máximo de proveitos das tecnologias digitais em relação ao
desenvolvimento do aluno, de forma a ampliar as possibilidades para a
construção do conhecimento.
Partindo das questões que estamos
desenvolvendo neste blog percebe-se facilmente que os professores precisam
rever a sua formação docente, pois conforme Schlemmer (2006)
[...] novas estratégias precisam
ser previstas, em função de novas formas de pensamento, de expressão e relação
entre sujeitos e grupos que estão emergindo dentro de recentes paradigmas das
ciências na cultura tecnológica. Mais do que nos adaptarmos às TDs, é
necessário que sejamos protagonizadores, autores dessa realidade. (p. 40).
E para que isso aconteça é necessário
que saibamos nos relacionar com estes novos espaços, sendo sujeito e
vivenciando essa nova realidade.
Referência:
SCHLEMMER, E. O Trabalho do Professor e as Novas Tecnologias. Textual, Porto Alegre, v. 1, n. 8, p. 33-42, 2006.
A tarefa de educar nas escolas não perdeu o sentido neste mundo de múltiplas conexões, saberes e sensibilidades virtuais. Porém, é no movimento de se constituir como suporte mediador para a difícil tarefa de decifrar as mensagens educadoras de mídias e redes sociais que a relação educativa na escola pode reconstituir vínculos de aprendizagens, saberes e afetos com seus alunos que estão inseridos nas redes sociais.
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