Conforme Lévy (1999) as novas
ideias sobre o futuro da educação e da formação na cibercultura estão
relacionados com a mudança contemporânea com o saber. Isto implica em
tecnologias intelectuais que ampliam, mostram e modificam funções cognitivas
como a memória, a imaginação, percepção e raciocínio.
Para Lévy (1999) não podemos
seguir uma forma linear, pois todos temos percursos e perfis diferentes,
precisamos respeitar a singularidade de cada um e buscar criar espaços não
lineares e emergentes considerando o contexto, onde cada um tem um lugar
singular e em desenvolvimento. Duas reformas são necessárias nos sistemas de
educação e formação. Conforme (LÉVY, 1999) é adaptar o EAD (ensino aberto e a
distância) a educação e o reconhecimento das experiências de vida, os saberes
individuais construídos no percurso.
“A EAD explora [...] as redes de comunicação
interativas e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura. Mas o
essencial se encontra em um novo estilo de pedagogia, que favorece ao mesmo
tempo as aprendizagens personalizadas e a aprendizagem coletiva em rede. Nesse
contexto, o professor é incentivado a tornar-se um animador da inteligência
coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos”
(LÉVY, 1999, p.158)
Portanto, com a cibercultura
estão se estabelecendo novas relações com o saber, onde deve ser valorizado a
singularidade e o tempo de cada um no processo construção de conhecimento,
sendo o professor um mediador neste processo que envolve as novas tecnologias
como ferramenta para a construção de novos saberes e possibilitando a
interação. Esta nova relação com o saber envolve a interação em rede, o que
desenvolve uma aprendizagem coletiva, onde o aluno pode tocar ideias e ser sujeito
ativo no processo de aprendizagem. A construção de conhecimentos pelo aluno é o
foco e não mais um ensino instrucionista. Portanto, a cibercultura estabelece
novas relações com o saber, onde o fundamental é a aprendizagem do aluno como
construtor de novos saberes baseado nas interações em rede.
REFERÊNCIA:
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999, p.
157-158.
Nenhum comentário:
Postar um comentário