quinta-feira, 4 de outubro de 2012

EDUCAÇÃO E CIBERCULTURA


Conforme Lévy (1999) as novas ideias sobre o futuro da educação e da formação na cibercultura estão relacionados com a mudança contemporânea com o saber. Isto implica em tecnologias intelectuais que ampliam, mostram e modificam funções cognitivas como a memória, a imaginação, percepção e raciocínio.
Para Lévy (1999) não podemos seguir uma forma linear, pois todos temos percursos e perfis diferentes, precisamos respeitar a singularidade de cada um e buscar criar espaços não lineares e emergentes considerando o contexto, onde cada um tem um lugar singular e em desenvolvimento. Duas reformas são necessárias nos sistemas de educação e formação. Conforme (LÉVY, 1999) é adaptar o EAD (ensino aberto e a distância) a educação e o reconhecimento das experiências de vida, os saberes individuais construídos no percurso.

“A EAD explora [...] as redes de comunicação interativas e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura. Mas o essencial se encontra em um novo estilo de pedagogia, que favorece ao mesmo tempo as aprendizagens personalizadas e a aprendizagem coletiva em rede. Nesse contexto, o professor é incentivado a tornar-se um animador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos” (LÉVY, 1999, p.158)

Portanto, com a cibercultura estão se estabelecendo novas relações com o saber, onde deve ser valorizado a singularidade e o tempo de cada um no processo construção de conhecimento, sendo o professor um mediador neste processo que envolve as novas tecnologias como ferramenta para a construção de novos saberes e possibilitando a interação. Esta nova relação com o saber envolve a interação em rede, o que desenvolve uma aprendizagem coletiva, onde o aluno pode tocar ideias e ser sujeito ativo no processo de aprendizagem. A construção de conhecimentos pelo aluno é o foco e não mais um ensino instrucionista. Portanto, a cibercultura estabelece novas relações com o saber, onde o fundamental é a aprendizagem do aluno como construtor de novos saberes baseado nas interações em rede.

REFERÊNCIA:
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999, p. 157-158.

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