quarta-feira, 31 de outubro de 2012

As tecnologias e o desenvolvimento infantil


Estamos na era da cultura digital onde as crianças são “nativos digitais” imersos em um mundo repleto de tecnologias para serem utilizadas com e por elas. Essa geração da informação explora diferentes tecnologias de informação, estão habituados a mexer com isso desde muito pequenos. Por isso, na Educação Infantil as crianças já fazem uso de diferentes tecnologias em casa e na escola, onde tem contato com elas através do computador. É nestes momentos em que os alunos usam o computador que o professor assume um papel importante, seja o professor do Evam ou da turma, aquele que acompanha a aula de informática, o papel de decidir a forma de exploração das tecnologias de modo a favorecer o desenvolvimento do aluno. O professor precisa ter objetivos e pensar de que forma as tecnologias ajudam a alcançá-los. Usando tecnologias que as crianças possam criar, explorar, construir, se expressar, se comunicar com outros grupos. (STAA, 2011). “Por isso, a responsabilidade dos professores é enorme, pois o seu modo de utilizar a tecnologia pode fazer toda a diferença” (STAA, 2011, p.46).

Assim, é possível ver a responsabilidade do professor no uso correto das tecnologias digitais com os alunos. Elas precisam favorecer o desenvolvimento da criança da Educação Infantil e consequentemente construir aprendizagens e não apenas focar conteúdos. A criança pode fazer uso das tecnologias de formas variadas que possibilitem criar e se expressar, o que é fundamental para crianças pequenas se desenvolverem construindo aprendizagens significativas. Esta ideia reforça que a cultura digital na escola pode ser trabalhada de forma a construir aprendizagens conforme a intenção pedagógica do professor, o que está sendo pesquisado no nosso projeto de aprendizagem. Mesmo vendo ainda escolas que somente trabalham com conteúdos, o computador como máquina para ensinar, com esta reportagem pode se ver que há outras possibilidades. E uma formação de professores focando a perspectiva de uso para o desenvolvimento do aluno com práticas que visem aprendizagens significativas teremos novas possibilidades.

REFERÊNCIA:
STAA, Betina Von. Aproveitando a tecnologia para promover o desenvolvimento das crianças. Revista Pátio Educação Infantil, Porto Alegre, N.28, p. 44-46, 2011.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Espaço da Cultura Digital


A cultura digital faz parte do ambiente escolar, nesse sentido incluir a cibercultura na escola trás novos olhares, novas maneiras e possibilidades de se atuar dentro desse espaço. Um novo espaço onde é formado a sociabilidade, a organização, a informação, o conhecimento e a educação. Nesse sentido é possível afirmar a importância do professor como um mediador e facilitador, que “abre caminhos” ao aluno para trabalhar com projetos individualmente e coletivamente, mas que seja construída e instigada sua autonomia.
O professor dentro dessa perspectiva da cibercultura deixa de ser um transmissor de saberes e ensino, e passa a formular problemas, provocar interrogações, coordenador de equipes de trabalho, buscando trabalhar com as experiências e vivências dos sujeitos. Visto que possibilite a abertura de caminhos para os aprendizes, de maneira que se tornem autônomas de sua aprendizagem.
Nesse sentido, é preciso mencionar que a tecnologia está presente na sociedade e dentro do espaço escolar. Para tanto se vê a necessidade de o professor e a escola se familiarizarem com as tecnologias. Almeida (2005) afirma:
 Se a escola não inclui a Internet na educação das novas gerações, ela está na contramão da história, alheia ao espírito do tempo e, criminosamente, produzindo exclusão social ou exclusão da cibercultura. Quando o professor convida o aprendiz a um site, ele não apenas lança mão da nova mídia para potencializar a aprendizagem de um conteúdo curricular, mas contribui pedagogicamente para a inclusão desse aprendiz na cibercultura.    (p. 4)
Dentro desse espaço os alunos são sujeitos atuantes, sendo os construtores de sua aprendizagem. Esse processo ocorre individualmente ou coletivamente, tendo o professor como participante atuando para que ambos sejam parceiros solidários que enfrentam desafios a partir de problematizações, transformando ações.
“A exigência de tornar o aluno um competente produtor do seu próprio conhecimento implica valorizar a reflexão, a ação, a curiosidade, o espírito crítico, a incerteza, a provisoriedade, o questionamento e, para tanto, exige que o professor reconstrua a prática conservadora que vem desenvolvendo em sala de aula. Os ambientes educativos devem ter como foco central a autonomia, a criatividade e o espírito investigativo.” (ALMEIDA,2005 , p. 18)
A sociedade está virtualmente conectada, é preciso valorizar essa tecnologia que se faz presente no dia-a-dia dos alunos. A escola como um espaço que ainda tem muita dificuldade para trabalhar com a tecnologia e incluí-la dentro da sala de aula. Nesse sentido é preciso mencionar que o professor deve ser atualizado, se integrar a tecnologia e trabalhar essas novas possibilidades que o mundo virtual possibilita.
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Tecnologiana escola: criação de redes de conhecimentos. In: ALMEIDA, MariaElizageth Bianconcini; MORAN, José Manuel (Org.). Integração das Tecnologias na Educação: Salto para o futuro. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005

terça-feira, 23 de outubro de 2012


REDES DE CONHECIMENTO E WEBCURRÍCULO


                Ao falar em web currículo, deve-se ter consciência de que se trata de um currículo que se desenvolve por meio das tecnologias digitais d informação e comunicação, implicando apropriar-se dessas tecnologias através da interação do trabalho colaborativo e de todas as pessoas que estão envolvidas, para assim desenvolver o currículo.
                A criação de redes acontece a partir do momento em que se dão as interações entre as pessoas que estão envolvidas, possibilitando á elas a criação de nós de sua rede de conhecimento, sendo possível realizar trocas individuais e a constituição de grupos que interagem, pesquisam , trocam informações e experiências.  Dessa forma, a aprendizagem através do homem com o meio, ou seja, no momento em que ele interage com o contexto e com os objetos, atuando com os objetos, selecionando informações que são significativas, identifica estes objetos incorporando em sua rede, transformando o meio e sendo transformado por ele. Como nos apresenta ALMEIDA (2005),

[...] À medida que o homem interage com o contexto e com os objetos aí existentes, ele atua sobre esses objetos, retira informações que lhe são significativas, identifica esses objetos e os incorpora à sua rede, transformando o meio e sendo transformado por ele. (p., 71)

                Conforme FAGUNDES (1994), na rede, aprender é descobrir significados, elaborar novas sínteses e criar ligações entre parte e todo, advindo das investigações das dúvidas temporárias, que automaticamente leva a refletir sobre as certezas provisórias, ou a novos questionamentos relacionados com a realidade.
                Para integrar esta tecnologia no currículo o professor poderá fazer uso da TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação), permitindo articular o pensamento e o pensar sobre as ações, tornando o currículo mediatizado, onde lhe permitirá realizar registros dos avanços dos seus alunos, suas dificuldades e de que maneira ele, professor, poderá intervir para ajuda-lo.

O professor que associa a TIC aos métodos ativos de aprendizagem desenvolve a habilidade técnica relacionada ao domínio da tecnologia e, sobretudo, articula esse domínio com a prática pedagógica e com as teorias educacionais que o auxiliem a refletir sobre a própria prática e a transformá-la, visando explorar as potencialidades pedagógicas da TIC em relação à aprendizagem e à consequente constituição de redes de conhecimentos. (ALMEIDA, 2005, p.72)


                Por meio de interações favorecidas pelas TIC’s, cada participante do grupo confronta o seu ponto de vista com os demais grupos, “absorve” informações para estabelecer ligações com os conhecimentos já adquiridos, comunica a forma como pensa, coloca-se a disposição para compreender o pensamento do outro e principalmente, participa de um processo de construção colaborativa.

O movimento produzido pelo pensar em redes de conhecimento propicia ultrapassar as paredes da sala de aula e os muros da escola, rompendo com as amarras do estoque de informações contidas nas grades de programação de conteúdo [...]. (ALMEIDA, 2005, p. 73)

O professor que associa as TIC aos métodos ativos de aprendizagem desenvolve a habilidade técnica relacionada ao domínio da tecnologia e, sobretudo, articula esse domínio com a prática pedagógica e com as teorias educacionais que o auxiliam a refletir sobre a própria prática e transformá-la, visando explorar as potencialidades pedagógicas das TIC em relação à aprendizagem e a consequente constituição de redes de conhecimentos.
                Sendo assim, a atuação do professor é exatamente como coloca ALMEIDA


 O professor atua como mediador, facilitador, incentivador, desafiador, investigador do conhecimento, da própria prática e da aprendizagem individual e grupal [...] os alunos constroem o conhecimento por meio da exploração, da navegação, da comunicação, da troca, da representação, da criação/recriação, organização/ reorganização, ligação/religação, transformação e elaboração/reelaboração (2005, p.73)


Dessa forma, acredito que as escolas devem inserir em seu currículo esta tecnologia, proporcionando aos alunos representar, interagir e refletir sobre as ações realizadas, sendo assim a escola transforma–se e transforma os que estão presentes no contexto escolar.
 E é exatamente isso que percebo nesta atividade acadêmica, interação entre professor e alunos, aprendizagens significativas advindas de dúvidas e certezas ocasionadas com as propostas proporcionadas pela professora resultando na formação de redes de conhecimento.



domingo, 21 de outubro de 2012

ANÁLISE DAS OBSERVAÇÕES E ENTREVISTAS REALIZADAS EM UMA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL DA REGIÃO DO VALE DOS SINOS


Durante a observação realizada em uma turma de Educação Infantil numa escola pública municipal da região do Vale dos Sinos foi possível observar que os alunos tralharam em grupo num mesmo computador com o jogo já escolhido pela professora e após, cada aluno em um computador, jogou um jogo escolhido por ele, porém dentro de um conjunto de jogos que a professora havia estabelecido como opção de escolha. Os jogos que compunham este grupo de jogos incluíam jogos de coordenação motora onde o aluno levava a bola com o mouse ate a goleira, pintar desenhos escolhendo a cor, jogos que trabalham com as letras do alfabeto etc.

Mesa Positivo

Mesa Positivo onde os alunos jogaram juntos 
Jogo com as letras do alfabeto

Grupo de jogos estabelecido pela professora para os alunos escolherem um jogo 

Na observação realizada com uma turma de 2º ano na mesma escola pública municipal da região do Vale dos Sinos foi possível observar que os alunos jogaram jogos de sua escolha dentro de um grupo de jogos previamente escolhidos pela professora do EVAM. Os meninos jogaram jogo do Super Mário, onde levavam a moto pelo caminho com obstáculos, as meninas jogaram o jogo Stylin’Stuff,  onde pintavam as unhas escolhendo a cor do esmalte e trocavam a pulseira em dois braços que apareciam na tela. Jogaram um jogo onde davam banho no cachorro no Pet shop, secava, escovava o  pelo, sempre clicando no próximo, ou seja o jogo dava o tutorial de como jogar. Após esta parte inicial mais livre, a professora colocou o jogo “Sopa de Letras” para todos os alunos jogarem cada um no seu computador, nesse jogo eles tinham que encontrar nas letras embaralhadas as palavras escritas na lista. 


Jogo "Sopa de Letras"

 Nas duas observações realizadas foi possível perceber que as ações desenvolvidas pela professora configuram uma abordagem instrucionista que conforme Valente (1998, p. 2)

O uso do computador como máquina de ensinar consiste na informatização dos métodos de ensino tradicionais. Do ponto de vista pedagógico esse e paradigma instrucionista. Alguém implemente no computador uma serie de informações e essas informações  são passadas ao aluno na forma de um tutorial, exercício e pratica ou jogo.

Os alunos mesmo podendo escolher um jogo estavam escolhendo jogos do grupo de jogos previamente escolhidos pela professora para trabalhar conteúdos. Quando colocava o jogo para os alunos também era para trabalhar algum conteúdo e não abria espaço para a construção de conhecimentos pelo aluno, ele apenas seguia as regra para a realização da atividade conforme a professora explicava. Nesta realidade percebe-se que o computador é usado como máquina de ensinar para trabalhar os conteúdos estipulados.

 Nas entrevistas realizadas com a professora do EVAM e as professoras da turma da Educação Infantil e da turma de 2º ano, anteriormente postadas neste blog, isto se evidencia, pois nas respostas da professora do EVAM percebe-se que ela trabalha os conteúdos listados pela professora da turma através dos jogos. As professoras da turma da Educação Infantil e dos Anos iniciais (2ºano), igualmente relataram que não participam das aulas do EVAM somente indicam os conteúdos que devem ser trabalhados pela professora do EVAM. Sendo assim, não há uma interação entre as professoras e os planejamentos são feitos separadamente por cada professora, além de elas relatarem que não percebem nenhuma relação do que os alunos aprendem no EVAM com a aprendizagem em sala. Na visão dos alunos, o EVAM é o espaço onde vão para jogar joguinhos, para aprender a jogar.

Analisando criticamente com relação a nossa pergunta norteadora e dúvidas provisórias, podemos perceber que os alunos da Educação Infantil e Anos Iniciais fazem parte da cultura digital na escola através do computador que é ainda usado numa abordagem instrucionista, através de jogos que visam trabalhar conteúdos programáticos, sendo que os alunos tem uma “suposta autonomia” apenas na escolha de jogos dentro de um grupo de jogos já estabelecido pela professora.  Será que isso é autonomia? Autonomia é o aluno poder criar, construir conhecimentos, sendo sujeito de sua aprendizagem. Quanto a formação especifica dos professores para atuar no EVAM percebe-se que há escolas que não exigem formação para atuar neste espaço.

Segundo Schlemmer (2006, p.36-37) “o uso das TDs [...] não deveria representar um “corpo estanho” no contexto escolar, muitas vezes atribuído aos denominados “laboratoristas”, algo à parte, um complemento, um recurso, ferramenta”. Assim, o computador nas escolas fica ao encargo do professor responsável e visto como algo a mais para os alunos, sem que os professores conversem sobre o uso dessas tecnologias digitais para favorecer aprendizagens se restringindo somente a uma ferramenta para trabalhar conteúdos de forma diferente. A interação entre os professores do EVAM e professores da turma se faz necessária para que eles possam pensar formas de construir conhecimentos com os alunos e não apenas como complemento para trabalhar conteúdos de forma isolada. A cultura digital está sendo construída aos poucos na escola e para mudar esta realidade instrucinista para a construcionista, ainda há um caminho longo a percorrer.

REFERÊNCIA:
VALENTE, J. A. Informática na educação: instrucionismo x construcionismo. Campinas: NIED/UNICAMP, 1998. 

SCHLEMMER, E. O Trabalho do Professor e as Novas Tecnologias. Textual, Porto Alegre, v. 1, n. 8, p. 33-42, 2006. Disponível em http://www.sinpro-rs.org.br/textual/set06/artigo_tecnologia.pdf


sábado, 20 de outubro de 2012

Desafio da Escola frente às tecnologias




            Estamos angustiados, pois sabemos que a escola possui um grande desafio para manter-se como um espaço para a aprendizagem efetiva, tendo de inserir as evoluções tecnológicas e possibilitá-las aos educandos.
            Mas de que forma podemos considerar esse campo tecnológico como alavancas para as inovações pedagógicas? Como esses recursos e também outras mídias podem ajudar o professor na transmissão de informação e interação em sala de aula? E de que maneira os educandos com o uso das tecnologias pode interferir no acesso e na capacidade de agir sobre a aprendizagem?
            De fato, estamos em um mundo de mudanças, tendo o convívio entre diferentes gerações, de certezas e incertezas. Temos uma geração que cresce conectada e que obtém um imenso contato com mídias e tecnologias. E, esta geração vê as tecnologias com meios de comunicação, não os reconhecendo como recursos, para a aprendizagem. Sendo assim, o ambiente escolar é visto por eles como um lugar onde não é possível interagir, comunicar e valorizar os processos de aprendizagens.
            Portanto, cabe à escola renovar, criar paradoxos onde alunos e professores utilizem as tecnologias no seu dia a dia como está acontece no PA Ensino e Aprendizagem do Mundo Digital, participação de redes sociais, compartilhamento de  informações, resolução de problemas com todos os integrantes, produção das informações, sem esquecer de mencionar o estabelecimento de vínculos e o relacionamento.
            Para que ocorra esta mudança na escola, ela deve repensar o jeito de como se aprende e como se ensina, disponibilizando muito além de laboratórios e computadores. Deve pensar que “tipo” de aluno está entrando no ambiente escolar, considerando as características individuais e os conhecimentos tecnológicos já concebidos pelos mesmos.
            Dessa forma, temos que considerar que ensinar não é transferir conhecimentos, deve-se criar possibilidades para a produção e socialização, que sensibilize ações inovadoras tanto professores como alunos, para novos espaços e tempos de aprendizagens. Sendo assim, todos nós – professores e alunos- somos responsáveis para haver mudanças, onde os alunos possam compartilhar suas vivências/experiências digitais com os educadores de forma a integrar ambientes presenciais físicos e virtuais de educação.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Como a internet pode nos ajudar no ambiente escolar?

Para muitos professores e pais a internet nunca foi vista como uma fonte de pesquisa e de informações, ou seja uma aliada para a aprendizagem. Acreditavam que em frente à tela do computador a criança fosse “perder” muito tempo com coisas sem importância deixando de lado os estudos, brincadeiras ao ar livre e até mesmo o perder contato com os familiares. É como se tais práticas digitais fossem advindas de um outro mundo, com o intuito de manipular ou até mesmo de fazer com que os sujeitos envolvidos “esquecessem” o mundo de fora, trazendo coisas que os ocupe por horas e horas.
No entanto, é preciso ver a internet com outros olhos, é necessário saber olhá-la. Afinal, a tecnologia leva os alunos a um novo paradigma através de metas educacionais, como nos apresenta Valente (1998, p.21) “o computador deve ser utilizado como um catalizador de uma mudança do paradigma educacional”. Sendo assim, possibilita ao educando a realizarem pesquisas, escrever, publicar, trocar, produzir em colaboração, o que chamamos de web 2.0, a internet como espaço de produção e colaboração.
Porém, é preciso que o educador se conscientize que a internet é um apoio ajudando no processo educativo, mas ela sozinha não dá conta da complexidade do aprender de hoje, da troca, do estudo em grupo, da leitura, do estudo em campo com experiência real, possibilitando o aluno de participarem de ambientes virtuais de aprendizagem. Sendo assim, continua ao professor dois papéis, o de ajudar na aprendizagem dos conteúdos e ser um elo para a compreensão maior da vida, motivando-os a continuarem aprendendo mesmo quando não estão em sala de aula.


REFERÊNCIAS
VALENTE, J. A. Informática na educação: instrucionismo x construcionismo. Campinas: NIED/UNICAMP, 1998. 

Como a internet pode nos ajudar no ambiente escolar?

Para muitos professores e pais a internet nunca foi vista como uma fonte de pesquisa e de informações, ou seja uma aliada para a aprendizagem. Acreditavam que em frente à tela do computador a criança fosse “perder” muito tempo com coisas sem importância deixando de lado os estudos, brincadeiras ao ar livre e até mesmo o perder contato com os familiares. É como se tais práticas digitais fossem advindas de um outro mundo, com o intuito de manipular ou até mesmo de fazer com que os sujeitos envolvidos “esquecessem” o mundo de fora, trazendo coisas que os ocupe por horas e horas.
No entanto, é preciso ver a internet com outros olhos, é necessário saber olhá-la. Afinal, a tecnologia leva os alunos a um novo paradigma através de metas educacionais, como nos apresenta Valente (1998, p.21) “o computador deve ser utilizado como um catalizador de uma mudança do paradigma educacional”. Sendo assim, possibilita ao educando a realizarem pesquisas, escrever, publicar, trocar, produzir em colaboração, o que chamamos de web 2.0, a internet como espaço de produção e colaboração.
Porém, é preciso que o educador se conscientize que a internet é um apoio ajudando no processo educativo, mas ela sozinha não dá conta da complexidade do aprender de hoje, da troca, do estudo em grupo, da leitura, do estudo em campo com experiência real, possibilitando o aluno de participarem de ambientes virtuais de aprendizagem. Sendo assim, continua ao professor dois papéis, o de ajudar na aprendizagem dos conteúdos e ser um elo para a compreensão maior da vida, motivando-os a continuarem aprendendo mesmo quando não estão em sala de aula.


REFERÊNCIAS
VALENTE, J. A. Informática na educação: instrucionismo x construcionismo. Campinas: NIED/UNICAMP, 1998. 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O trabalho dos professores e as novas tecnologias



É visível hoje em dia, a dificuldade encontrada pelos professores que viveram a infância e a adolescência na era analógica, diante dos desafios colocados pelas gerações digitais a estes profissionais.
Dificuldades estas resultante de uma época em que as tecnologias existentes eram poucas e ainda estas pessoas eram muitas vezes privada de “mexer” para não estragar, somente adultos eram permitido manipular, devido ao custo alto que a tecnologia possuía na época e também a escassez de técnicos habilitados para dar assistência, então se questiona como iriam aprender se não era permitido mexer?
Diante desses professores os “imigrantes digitais”, estão os alunos, crianças e jovens em geral que vivem num mundo digital, os chamados segundo Schlemmer de “nativos digitais’, que pensam e vivem com estas tecnologias, e que agora quem mexe para ver como funciona são eles, as crianças e  os jovens, pois é quanta mudança, com isso pode-se explicar as dificuldades que os professores encontram para relacionar-se com esses meios tecnológicos.
Perante a este fato, como estão fazendo os professores para apropriar-se de todas essas opções tecnológicas de forma a incorporá-las a suas práticas pedagógicas? Percebe-se ainda que as tecnologias nas escolas são normalmente utilizadas para apresentar trabalhos, pesquisar na internet, jogar, e muitas vezes como “passatempo”, ou se o aluno comportou-se bem em aula  poderá ir para o laboratório como forma de premiá-lo pelo bom comportamento, com isso a tecnologia é utilizada como um “complemento, um recurso, ferramenta”, será que esta proposta estará contribuindo para a aprendizagem do aluno.
Devem-se rever esses conceitos para que se possam utilizar as tecnologias de maneira a ajudar o aluno a “compreender como aprendemos, a partir de reflexões sobre o próprio processo de aprender a utilizar as tecnologias- metacognição.”p.37. Isso é desenvolvido através de projetos de aprendizagem que segundo Schlemmer, “consiste em um processo individual, interno, de estabelecimento de uma rede de relações atribuindo significado à nova informação, transformando-a em conhecimento” p.37, ou seja, é necessário que o professor saiba escolher a metodologia que lhe permitirá tirar o máximo de proveitos das tecnologias digitais em relação ao desenvolvimento do aluno, de forma a ampliar as possibilidades para a construção do conhecimento.
Partindo das questões que estamos desenvolvendo neste blog percebe-se facilmente que os professores precisam rever a sua formação docente, pois conforme Schlemmer (2006)
 
[...] novas estratégias precisam ser previstas, em função de novas formas de pensamento, de expressão e relação entre sujeitos e grupos que estão emergindo dentro de recentes paradigmas das ciências na cultura tecnológica. Mais do que nos adaptarmos às TDs, é necessário que sejamos protagonizadores, autores dessa realidade. (p. 40).


E para que isso aconteça é necessário que saibamos nos relacionar com estes novos espaços, sendo sujeito e vivenciando essa nova realidade.

  Referência: 

 SCHLEMMER, E. O Trabalho do Professor e as Novas Tecnologias. Textual, Porto Alegre, v. 1, n. 8, p. 33-42, 2006. 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A aprendizagem coletiva e o novo papel dos professores

A aprendizagem passa por mudanças qualitativas que proporcionam novos conhecimentos num ambiente de cooperação, conforme Lévy (1999) “a direção mais promissora, que por sinal traduz a perspectiva da inteligência coletiva no domínio educativo, é a da aprendizagem cooperativa”.

Os professores aprendem juntamente com os estudantes e se atualizam pedagogicamente. As informações estão acessíveis na Internet a qualquer momento, podendo os alunos participar interativamente e o professor pode incentivar a aprendizagem e o pensamento. Conforme Lévy (1999) “O professor torna-se um animador da inteligência coletiva dos grupos que estão a seu encargo”. Assim, o professor terá o papel de acompanhar e organizar as aprendizagens, estimulando a troca de saberes, mediar as relações e direcionar os caminhos da aprendizagem (LÉVY, 1999).

            A partir das ideias de Lévy é possível perceber que os professores tem um novo papel na educação, nos processos de aprendizagem. Na cultura digital o professor tem uma função de mediação no processo de construção de conhecimentos, uma vez que nesta cultura o ponto forte é a troca de conhecimentos que se traduz numa “inteligência coletiva” (LÉVY, 1999). Esta forma de trabalho com as novas tecnologias transforma-se em aprendizagens num ambiente cooperativo, onde professor e alunos fazem trocas e aprendem juntos. A formação continuada de professores se faz necessária para que tenhamos profissionais competentes e comprometidos com esta nova forma de relação com o saber, onde o aluno constrói conhecimentos ao invés de ser passivo na transferência de conhecimentos. É necessário alunos que pensem e sejam autônomos estabelecendo relações e trocas de conhecimentos para a construção de saberes com significado.

            Este texto vem de encontro com a nossa pesquisa, pois destaca a importância da mudança nos processos de aprendizagem com as novas tecnologias que na maioria das escolas ainda é instrucionista, a qualificação do docente para atuar como organizador, mediador da aprendizagem a fim de que o aluno construa conhecimentos numa aprendizagem cooperativa, onde todos podem se manifestar, ler e escrever, conversar, o que ocorre na cibercultura.

REFERÊNCIA:
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999, p. 170-171.

Por que o computador na escola?

O computador dentro da educação esta propiciando uma revolução, visto como sendo capaz de ensinar. Para alguns educadores, essa tecnologia dentro da sala de aula pode trazer algum desconforto e insegurança, por não saberem manuseá-lo corretamente e /ou de certo modo terem medo de serem substituídos por uma máquina. Ainda é preciso mencionar que muitas instituições de ensino não possuem recurso para a implantação de laboratórios, o que acaba resultando de forma negativa em relação ao ensino no mundo digital.
“... o computador pode enriquecer o ambiente de aprendizagem onde o aluno, interagindo com os objetos desse ambiente, tem a chance de construir o seu conhecimento.” (VALENTE,1998 ,p.2)
O aluno a partir desse objeto de aprendizagem não é mais visto como um sujeito passivo, instruído, ensinado, o conhecimento não é simplesmente passado, mas é ele autor/ construtor de sua aprendizagem.
A construção do conhecimento a partir/ através do computador faz com que se haja a valorização daquilo que o aluno há interesse em aprender, tornando o construtor. A aprendizagem ocorre através do fazer e da ação. Como os sujeitos estudam o que é de seu interesse, que lhe faz sentido, o envolvimento afetivo se torna a aprendizagem mais significativa (VALENTE, 1998)
Desta forma, é possível se identificar que os alunos dentro desse mundo digital, são sujeitos construtores de sua aprendizagem, valorizados no seu individual e integrados nesse meio, buscando fazer com que o aluno construa uma autonomia. Tornando o capaz de interagir com diferentes sujeitos e ambientes dentro de um espaço virtual, valorizando o seu interesse de estudo, e sempre instigando o e interrogando o a pensar e interagir cada vez mais com em seu foco de interesse.
VALENTE, J. A. Por quê o computador na educação? Campinas: NIED/UNICAMP, 1998
Por Quê o Computador na Educação?

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Espaço Virtual de Aprendizagem e Multimídia


         Objetivo: O Espaço Virtual de Aprendizagem e Multimídia - EVAM pretende, constituir-se como um espaço democrático de ensino e aprendizagem com a participação efetiva de todos educandos, educadores e comunidade escolar em geral, trabalhando com a diversidade social, política - econômica cultural, articulando o fazer pedagógico.

       Público-alvo: Alunos e professores da rede pública de educação municipal e comunidade escolar

Fonte: http://www.portalsmedsl.com.br/pastas/Informatica/evam.htm

Entrevista na educação infantil sobre os Espaços Virtuais de Aprendizagem e Multimídia

Entrevista: realizada dia 28/09/2012, em uma escola municipal de educação infantil na região do Vale dos Sinos
Turma observada: Infantil IA (2 a 3 anos)
Professores do EVAM (Espaço Virtual de Aprendizagem e Multimídia):
·       Qual a sua formação? É necessário formação específica ou Curso preparatório para atuar no EVAM? "Estou cursando Pedagogia na Unisinos pelo programa PARFOR, e não tenho curso específico para atuar nesse espaço."

·         Quem determina as atividades realizadas no EVAM e quais são elas? O que elas visam trabalhar? "Geralmente, as atividades realizadas no EVAM, visam contemplar o planejamento realizado pela professora da turma, como por exemplo, buscas realizadas pelos alunos na internet para pesquisar o assunto em estudo, mas nem sempre é assim. São inúmeras as atividades que podem ser realizadas no EVAM, que vai além do acesso à internet. O computador dispõe de jogos interativos, que tem como proposta, o desenvolvimento do raciocínio lógico, criatividade, motricidade, atenção, concentração, etc."


·         As atividades são planejadas de acordo com a faixa etária das crianças?
"À princípio, os jogos contemplam as diferentes faixas etárias da educação infantil, uma vez que foram desenvolvidos especialmente para fins educacionais, por uma equipe de profissionais da empresa POSITIVO, responsável por implementar os computadores nas escolas da rede pública, em parceria com o município. Hoje, porém, a POSITIVO não tem mais contrato com a prefeitura, e não disponibiliza instrutores para mediar esse processo das crianças com os computadores, sendo que quem dá continuidade a esse trabalho, são as próprias profs. da escola."

·         Como é realizado o acompanhamento às crianças? De forma individual ou global? De que forma eles exploram o computador?
"Depende da autonomia da criança em relação ao uso do computador, aqueles que ainda não tem coordenação para usar o mouse por exemplo, a professora, que atua no EVAM, auxilia individualmente, mas o aluno que já conduz o mouse com certa destreza, tem plena liberdade em explorar a máquina."
·         Qual se método de ensino?
"Não há método específico."

Professor da turma:
·         Como é a manifestação de interesse das crianças em relação ao EVAM? "Eles adoram, é um dos momentos em que mais demostram satisfação em participar."

·         De que forma o EVAM contribui para a aprendizagem do aluno em sala de aula?

"Contribui fundamentalmente, para instigar a curiosidade do aluno e estimulá-lo na busca de novos conhecimentos, por ser uma ferramenta que lhes desperta o interesse. Teve um projeto que eu fiz sobre a “Pirâmide dos alimentos”, e propus aos alunos, buscar na internet assuntos relacionados ao tema. Eles adoraram a pesquisa."

·         Qual a sua participação no EVAM?
"Fazer a mediação entre aluno e computador, através dos projetos desenvolvidos."
·         Qual a relação das atividades realizadas no EVAM com o planejamento da aula?
"É conforme a gente (professores) adapta os recursos do EVAM com o planejado, sempre tem como englobar, desde jogos que contemplem formas, cores, letras, números, desde as pesquisas realizadas na internet."
Alunos:
·         Você gosta das aulas realizadas no EVAM? Por quê?
"Sim. Porque é legal."
·         O que você aprende no EVAM?
"As cores, os números, as letrinhas..."
·         Qual é a atividade que você mais gosta de realizar no EVAM?
"De “tinta” (pintar), e estourar bomba."
·         Você tem computador em casa? Você usa esse computador? O que você costuma fazer nele?
MENINA: “sim. Não mexo muito, minha mãe não deixa mexer muito.”
MENINO: “Não tenho.”


ENTREVISTA COM ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL


Entrevistas realizadas em uma escola pública municipal da região do Vale dos Sinos

Alunos: (Educação Infantil)

Menino, 5 anos

1-Você gosta das aulas realizadas no EVAM? Por quê?
“Sim porque meus colegas vão junto”.

2-O que você aprende no EVAM?
“Colocá os jogos, jogo”.

3-Qual é a atividade que você mais gosta de realizar no EVAM?
“ Quando jógo jogo com meus coleguinha como hoje eu joguei”.

4-Você tem computador em casa? Você usa esse computador? O que você costuma fazer nele?
“Não”.

Menina, 5 anos

1-Você gosta das aulas realizadas no EVAM? Por quê?
“Sim porque eu gosto de joguinho”.

2-O que você aprende no EVAM?
“Aprendo a jogar”.

3-Qual é a atividade que você mais gosta de realizar no EVAM?
“Eu gosto de jogar o joguinho do peixinho”.

4-Você tem computador em casa? Você usa esse computador? O que você costuma fazer nele?
“Sim. Eu mexo, eu escrevo meu nome e também eu faço desenho e pinto”.

Menina, 5 anos

1-Você gosta das aulas realizadas no EVAM? Por quê?
“Sim porque a gente joga joguinho”.

2-O que você aprende no EVAM?
“A gente aprende a joga joguinho”.

3-Qual é a atividade que você mais gosta de realizar no EVAM?
“Jogá joguinuo, o joguinho da Barbie”.

4-Você tem computador em casa? Você usa esse computador? O que você costuma fazer nele?
“Sim, mas é da minha mãe. As vezes eu mexo, eu jogo joguinho”.

Menino, 6 anos

1-Você gosta das aulas realizadas no EVAM? Por quê?
“Sim porque tem um monte de jogo”.

2-O que você aprende no EVAM?
“Um monte de coisa legal”.

3-Qual é a atividade que você mais gosta de realizar no EVAM?
“De joga joguinho do Shrek”.

4-Você tem computador em casa? Você usa esse computador? O que você costuma fazer nele?
“Sim, mas tá com vírus. Eu mexo, jogo joguinho, vejo as foto que tem de carro, olho vídeo de carro”.

Menino, 6 anos

1-Você gosta das aulas realizadas no EVAM? Por quê?
“Sim, porque eu jógo jogo, joguei tira letra ”.

2-O que você aprende no EVAM?
“Eu aprendo a jogá jogol”.

3-Qual é a atividade que você mais gosta de realizar no EVAM?
“Jogá, eu gosto do jogo desaparece letra”.

4-Você tem computador em casa? Você usa esse computador? O que você costuma fazer nele?
“Eu não tenho, só a minha mae, meu irmão e meu pai. Eu só tenho TV. Eu não mexo, só eles, porque é só de homem grande”.

ENTREVISTA COM ALUNOS DOS ANOS INICIAIS


Entrevistas realizadas em uma escola pública municipal da região do Vale dos Sinos

Alunos: (Anos Iniciais – 2º Ano)

Menina, 7 anos

1-Você gosta das aulas realizadas no EVAM? Por quê?
“Eu gosto porque nois vamo joga com os joguinhos”.

2-O que você aprende no EVAM?
“Nois joga jogo de letrinha e as vezes a prof. coloca pra nois pinta”.

3-Qual é a atividade que você mais gosta de realizar no EVAM?
“De joga o joguinho das letrinhas”.

4-Você tem computador em casa? Você usa esse computador? O que você costuma fazer nele?
“No quarto é do meus irmãos e na sala é do meu pai e da minha mae. As vezes meu pai deixa mexe no dele e eu e minha irma tem que pedi pra ele pra liga. Eu jogo joguinho “As mais belas histórias da Bíblia”, tem pra pinta e tem musiquinha”.


Menina, 7 anos

1-Você gosta das aulas realizadas no EVAM? Por quê?
“Sim, a prof coloca joguinhos daí a gente joga”.

2-O que você aprende no EVAM?
“Aprendo quando a prof coloca os jogos que tem que cuidar dos bichos, da natureza”.

3-Qual é a atividade que você mais gosta de realizar no EVAM?
“Desenha”.

4-Você tem computador em casa? Você usa esse computador? O que você costuma fazer nele?
“Tenho, sim eu mexo, eu gosto de ver filme, coloco musica pra ouvir”.

Menino, 9 anos

1-Você gosta das aulas realizadas no EVAM? Por quê?
“Gosto, eu gosto porque dá pra fazer um monte de coisa”.

2-O que você aprende no EVAM?
“Eu aprendo a estuda, escrevê”.

3-Qual é a atividade que você mais gosta de realizar no EVAM?
“O que mais gosto é jogá, aprende a estuda... só”.

4-Você tem computador em casa? Você usa esse computador? O que você costuma fazer nele?
“Não tenho”.

Menina, 9 anos

1-Você gosta das aulas realizadas no EVAM? Por quê?
“Sim, porque tem joguinhos”.

2-O que você aprende no EVAM?
“Joguinhos do gatinho, da mão que coloca esmalte na unha, bota pulseira e muda a cor ”.

3-Qual é a atividade que você mais gosta de realizar no EVAM?
“De jogá”.

4-Você tem computador em casa? Você usa esse computador? O que você costuma fazer nele?
“Não”.