domingo, 18 de novembro de 2012

O papel do professor nos espaços digitais


Cada vez mais cedo as crianças estão entrando em contato com as novas tecnologias, seja por influência dos pais, da mídia, dos amigos, e até mesmo da própria escola que adota um sistema educacional voltado para as tecnologias digitais. Os recursos tecnológicos usados na educação devem caminhar buscando um objetivo único: a otimização do processo de ensino e aprendizagem, propiciando atividades pedagógicas inovadoras.

Segundo (Figueiredo, 2003):

A tecnologia é um instrumento capaz de aumentar a motivação dos alunos, se a sua utilização estiver inserida num ambiente de aprendizagem desafiador. Não é por si só um elemento motivador. Se a proposta de trabalho não for interessante, os alunos rapidamente perdem a motivação.

(Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais, 2001).
 

            Toda tecnologia deve ser utilizando visando uma determinada intencionalidade pedagógica, caso contrário, a proposta de trabalho se torna vazia, sem trazer contribuições significativas de aprendizagem para os alunos. Para tanto, é necessário que os professores saibam dominar esses recursos, de forma a explorá-los não apenas de maneira instrucionista, mas sim de forma construcionista, que leve os alunos a questionar o que está sendo proposto, participar de atividades que despertem seus interesses e assim construir conhecimento. De acordo com Marco Silva:A contribuição da educação para a inclusão do aprendiz na cibercultura exige um aprendizado prévio por parte do professor.” (p.63).

É preciso que os profissionais da área educacional imponham uma pedagogia adequada, interessante, mais de acordo com a realidade do aluno e com o novo paradigma que está surgindo. O computador é um recurso cuja eficácia depende daqueles que o usam, daí ser necessário que o professor esteja capacitado e que haja mudanças nas práticas pedagógicas.

O professor no ambiente construcionista tem como função, segundo ALEMIDA (2000):

Promover a aprendizagem do aluno para que este possa construir o conhecimento dentro de um ambiente que o desafie e o motive para a exploração, a reflexão, a depuração de idéias e a descoberta.

Para isto é necessário um ambiente cooperativo, onde o professor conheça as potencialidades e as experiências anteriores de seus alunos, organize situações significativas de aprendizagem e torne-se também um aprendiz.

 

BIBLIOGRAFIA:


ALMEIDA, M. E. Informática e Formação de Professores. ProInfo - Ministério da Educação. Secretaria de Educação à Distância. Brasília: vol. 1 e 2. 2000.


FIGUEIREDO, Jakes Charles Andrade. Informática na Educação: “Novos Paradigmas- Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 2003.


SILVA, Marco. Internet na escola e inclusão. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Tecnologia na escola: criação de redes de conhecimentos. Salto para o futuro. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005

Um comentário:

  1. Concordo com você. A tecnologia e as inovações estão em favor a um trabalho pedagógico para dentro da sala de aula, mas para que ocorra uma significação nesse processo da aprendizagem é preciso do professor, visto como um mediador, que intervenha dialógicamente.

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